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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
PI 277
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INFECÇÃO POR ADENOVÍRUS (ADE), INFLUENZA A (FLUA), INFLUENZA B (FLUB), PARAINFLUENZA 1, 2 E 3 E VÍRUS RESPIRATÓRIO SINCICIAL (VRS) EM CRIANÇAS < 5 ANOS HOSPITALIZADAS: ANTES E DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19
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Fernando Guimarães Cavatãoa, Grazielle Motta Rodriguesa, Ândrea Celestino de Souzab, Luciana Giordanic, Angela dos Santos Azevedoc, Rodrigo Minuto Paivac, Dariane Castro Pereirac
a Residência Multidisciplinar em Área Profissional, Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), Porto Alegre, RS, Brasil
b Programa de Pós-graduação em Ciência Médicas, Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS, Brasil
c Serviço de Diagnóstico Laboratorial, Unidade de Microbiologia, Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), Porto Alegre, RS, Brasil
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Vol. 26. Issue S1
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Introdução

A infecção viral aguda do trato respiratório corresponde a 80% de todas as doenças respiratórias agudas, levando a grande morbimortalidade. Em menores de cinco anos, a mortalidade global combinada de apenas influenza e VRS atinge 300.000 mortes a cada ano. Objetivo Avaliar a prevalência de vírus respiratórios em crianças menores de 5 anos internadas em um hospital terciário antes e durante a pandemia de COVID-19.

Método

Estudo descritivo transversal incluindo amostras de swab nasofaríngeo de crianças < 5 anos para a pesquisa de Adenovírus (ADE), Influenza A (FLUA), Influenza B (FLUB), Parainfluenza 1, 2 e 3 e Vírus Respiratório Sincicial (VRS) pelos métodos de Imunofluorescência indireta (triagem) e imunofluorescência direta (identificação do vírus). Foram incluídas amostras analisadas nos meses de agosto a setembro de 2019 (antes da pandemia de COVID-19), agosto a setembro de 2020 e agosto a setembro de 2021 (durante a pandemia).

Resultados

Entre 1° de Agosto/2019 e 30 de Setembro/2019, 139 testes foram realizados e 33 (23,7%) amostras foram positivas. O vírus mais prevalente foi FLUA com 7 casos positivos (21,2%), seguido de Parainfluenza tipo 3 com 6 casos (18,2%), VRS com 5 casos (15,2%) e Parainfluenza tipo 2 com 4 casos (12,2%). Em 2020, no primeiro ano de pandemia, 44 testes foram realizados e apenas 1 amostra foi positiva para o ADE. Em 2021, um total de 148 testes foram realizados no período de estudo e 81 (54,7%) amostras tiveram resultado positivo para os vírus pesquisados. VRS e Parainfluenza tipo 3 foram responsáveis por 94% dos casos de infecções em crianças <5 anos na instituição, 50 (61,7%) e 26 (54,7%) casos positivos, respectivamente. No ano de 2019, a maioria dos pacientes positivos estavam na faixa etária de 2 a 3 anos (91%). Já em 2021, 77% dos casos positivos foram observados em crianças menores de 1 ano. Na pesquisa de SARS-CoV-2, de 61 pacientes testados, apenas 2 (3%) apresentaram resultado positivo.

Conclusão

Após o segundo ano da pandemia de COVID-19 (2021), houve um aumento dos casos de infecção por VRS e Parainfluenza tipo 3 quando comparado ao mesmo período de 2020 e 2019. Além disso, houve uma concentração de casos positivos na faixa etária de 0 a 2 anos durante a pandemia. Essa alteração no perfil de positividade entre os anos de 2020 e 2021 pode ser devido ao relaxamento das medidas de prevenção ao SARS-CoV-2, uma vez que essas medidas também contribuem para o controle de outras infecções respiratórias.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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