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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐036
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INFECÇÃO POR SARS‐COV‐2 EM PACIENTES DIABÉTICOS: INTERNAÇÕES, ÓBITOS E LETALDADE NA BAHIA, DE MARÇO A AGOSTO DE 2020
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Lis Vinhático Pontes Queiroz, Igor Gabriel G. de Souza Bastos, Igor Martins Araujo, Thaisa Dourado Guedes Trujilho, Katia de Miranda Avena
Centro Universitário UniFTC, Salvador, BA, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: O Brasil, atualmente, é o quinto país com maior prevalência de diabetes entre indivíduos de 20 a 79 anos, com aproximadamente 16,8 milhões de pessoas acometidas. Na Bahia, a prevalência na capital do estado é de 6,7% em pessoas acima de 18 anos. No contexto da pandemia de COVID‐19, evidências sugerem que pacientes portadores de diabetes infectados pelo SARS‐CoV‐2 possuem maior risco de desenvolver complicações e pior prognóstico. Assim, em decorrência da alta prevalência de diabetes e suas complicações na população baiana e brasileira, torna‐se importante compreender os aspectos relacionados à COVID‐19 nesses indivíduos.

Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico das internações e óbitos de pacientes diabéticos infectados por SARS‐CoV‐2 na Bahia, analisando a taxa de letalidade.

Metodologia: Estudo ecológico, observacional, realizado através dos dados da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia. Foram analisados pacientes diabéticos internados e que foram a óbito por COVID‐19 no estado da Bahia, no período de março a setembro de 2020. Analisou‐se idade, gênero, raça/cor e calculou‐se a taxa de letalidade considerando o número de óbitos pelo total de pacientes diabéticos diagnosticados com COVID‐19 no referido período. Dispensou‐se apreciação pelo Comitê de Ética em Pesquisa por terem sido utilizados dados públicos, sem identificação dos participantes.

Resultados: Durante os cinco primeiros meses da pandemia, foram internados 5.763 pacientes diabéticos infectados por SARS‐CoV‐2 na Bahia, com média de idade de 57,7±14,7 anos, havendo predominância de mulheres (n=3.200, 55,5%), com mais de 59 anos (n=2.609, 45,3%), da raça parda (n=3.009, 52,2%) e tendo como sintomas mais prevalentes tosse (n=3.498, 60,7%) e febre (n=2.791, 48,43%). Destes internamentos, 474 pacientes foram a óbito, representando uma taxa de letalidade de 1,5/103 pacientes. A média de idade dos óbitos foi de 66,1±15,5 anos, havendo predominância entre homens (n=282, 59,5%) e em indivíduos com mais de 59 anos (n=321, 67,7%).

Discussão/Conclusão: Na Bahia, evidenciou‐se que os internamentos por COVID‐19 em pacientes diabéticos prevaleceram entre mulheres adultas, pardas e com idade superior a 59 anos. Entretanto, os óbitos foram mais frequentes entre homens idosos. Frente à gravidade da doença, sugere‐se a realização de novos estudos investigando se a presença de diabetes é um fator de risco para aumento da taxa de internação e letalidade em pacientes com infecção por SARS‐CoV‐2.

The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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