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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
EP 157
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INFECÇÕES ASSOCIADAS AS FRATURAS FECHADAS E EXPOSTAS: DESCRIÇÃO DO DESFECHO CLÍNICO E MICROBIOLÓGICO
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2013
Eduardo Cezar Santos, Stefânia Prebianchi, Gabrielle Picanço Rilhas, Carolina Coelho Cunha, Paula Caroline Werlang Custodio, Rodrigo Correa Pinheiro, Adriana Macedo Dell'Aquilla, Carlos Augusto Finelli, Fernando Baldy dos Reis, Mauro José Salles
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 26. Issue S1
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Objetivos

Infecções relacionada à fraturas (IRF) têm sido umas das principais complicações em paciente vítima de trauma ortopédico e na maioria das vezes estão associadas a um desfecho não favorável. No contexto da pandemia de COVID-19 ocorreu um remodelamento do perfil de pacientes e readequação de fluxo cirúrgico de pacientes com fraturas ortopédicas. O objetivo do estudo é avaliar o impacto da pandemia no desfecho clínico e cirúrgico em pacientes submetidos a correção cirúrgica de fraturas fechadas e expostas.

Material e métodos

Estudo de coorte prospectivo e unicêntrico conduzido de Dezembro 2019 a Fevereiro 2021 em São Paulo - Brasil com pacientes vítimas de trauma que apresentaram fraturas ortopédicas com necessidade de abordagem cirúrgica para correção das fraturas, o objetivo de analisar o desfecho clínico e cirúrgico, avaliando a taxa de incidência e prevalência de infecção relacionada à fratura.

Resultados

Foram avaliados 132 pacientes e desses, 75% eram do sexo masculino, com média de idade igual a 50,4 anos. A taxa de infecção geral foi de 15,9% sendo que 12,9% de forma tardia e 3% de forma precoce. As variáveis de risco associados à IAF, utilizando-se a análise univariada, que mostraram significância estatística foram: uso recente de antibióticos no pré-operatório (p = 0,002), tipo de fratura (exposta vs. fechada, p < 0,001), uso de fixador externo (com vs. sem, p = 0,015), osteossíntese com placa e parafuso (p = 0,006), mecanismo da lesão (acidente automobilístico vs outros, p = 0,023), infecção por COVID (p = 0,028). Todavia, após análise conjunta de forma multivariada, o uso recente e pré-operatório de antibiótico e a presença de neoplasia foram fatores de risco independente para IAF. Na análise de sobrevida para identificar os fatores de risco relacionados ao tempo até o diagnóstico de IAF e ao óbito, as variáveis que demonstraram significância estatística foram: uso de antibiótico prévio, tabagismo e as fraturas expostas. O microorganismo mais comumente isolado foi a Klebsiella pneumoniae (23,50%).

Conclusão

Uso recente e pré-operatório de antibiótico, uso de fixador externo, fratura exposta, queda de altura, osteossíntese com placa e parafuso, neoplasia e infecção por Covid-19 são fatores de riscos associados ao desfecho infecção no tratamento cirúrgico de fraturas ortopédicas.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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